Na última 6ª feira pela manhã, ao chegar ao Posto, fomos surpreendidos por uma notícia ao mesmo tempo triste e alarmante. Duas crianças haviam falecido por meningite (ambas moradoras de áreas adscritas às equipes de nossa Unidade); sendo que uma das crianças era aluna de uma escola das proximidades.
Imediatamente as Equipes de PSF entraram em contato com a escola e, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (SMST), por meio da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), iniciamos os procedimentos de orientações aos pais e professores, além da profilaxia para os contactantes íntimos. As Enfermeiras Hezil (PSF Perpétuo), Flávia e Mirela (PSF Rosário) e a Residente de Enfermagem Daniele trabalharam o dia todo e foram fundamentais nesse processo!
Aos familiares e amigos das crianças que nos deixaram tão precocemente, nossos sinceros e solidários sentimentos.
A seguir, um breve resumo sobre Meningite.
O termo meningite corresponde ao processo inflamatório das meninges. Apesar da causa mais comum ser infecciosa (através de bactérias, vírus ou fungos), alguns agentes químicos e mesmo células tumorais podem provocar meningite.
A meningite bacteriana é uma doença grave, que deve ser tratada como emergência clínica. Pacientes que recebem o diagnóstico e o tratamento adequado tem bom prognóstico (cerca de 90% de chance de cura).
Meningite meningocócica
A meningite meningocócica é um dos tipos de meningite bacteriana que apresenta maior gravidade. O seu agente causal é a bactéria Neisseria meningitidis.
Sintomas
Inicialmente os sintomas resultam da infecção e a seguir do aumento na pressão intracraniana, podendo cursar com:
- dor de cabeça (cefaléia);
- febre alta e vômitos;
- fotofobia;
- Irritabilidade, delírio e convulsões;
- Rigidez da nuca, ombro ou das costas;
- Aparecimento de petéquias (geralmente nas pernas), podendo evoluir até grandes lesões equimóticas ou purpúricas;
Manifestações Clínicas
O quadro clínico da meningite bacteriana varia um pouco de acordo com a faixa etária. Em recém-nascidos, os sinais e sintomas se apresentam a partir da baixa ou alta temperatura, letargia, recusa em amamentar ou pouca força ao sugar, moleira alta, irritabilidade, pele azulada (cianose) ou amarelada (icterícia), dificuldade para respirar e convulsões. Em bebês de um a vinte e quatro meses, as manifestações tornam-se um pouco mais específicas, notando-se febre alta, irritabilidade, latargia, vômitos, moleira alta e convulsões.
Complicações e sequelas
O quadro clínico da meningite bacteriana varia um pouco de acordo com a faixa etária. Em recém-nascidos, os sinais e sintomas se apresentam a partir da baixa ou alta temperatura, letargia, recusa em amamentar ou pouca força ao sugar, moleira alta, irritabilidade, pele azulada (cianose) ou amarelada (icterícia), dificuldade para respirar e convulsões. Em bebês de um a vinte e quatro meses, as manifestações tornam-se um pouco mais específicas, notando-se febre alta, irritabilidade, latargia, vômitos, moleira alta e convulsões.
A meningite pode causar inúmeras complicações e sequelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças e de perda da audição. Por esse motivo o tratamento precisa ser rápido.
Diagnóstico
Para o diagnóstico é primordial a realização de exames de sangue e punção lombar para coleta de líquor (Liquido Cefalorraquidiano), sendo este de maior importância.
Tratamento
Para uma maior eficiência, o tratamento deve ser específico para o agente etiológico envolvido. No caso de meningites virais não há tratamento específico, mas essas tendem a ser infecções menos graves e auto-limitadas. Para as infecções bacterianas o tratamento deve ser o mais rápido possível, pois a doença pode levar a morte ou a seqüelas neurológicas graves em pouquíssimo tempo.
A eficiência do tratamento específico costuma ser muito boa, exceto em pacientes imunossuprimidos.
Vacinação
Existem dois tipos de vacinas contra o meningococo; nenhuma delas está disponível no SUS:
- Vacinas polissacáridas, mais antigas, eficazes apenas a partir dos 2 anos de idade. Não cobrem a faixa etária de maior incidência da doença, não induzindo memória imunológica prolongada. São vacinas polivalentes contra os sorotipos A,C,Y e W135. A sua utilização é recomendada a viajantes para áreas hiperendémicas e em situação de surto.
- Vacinas conjugadas, desde 2001, com eficácia a partir dos 2 meses de idade, induzindo memória imunológica prolongada e destinadas ao sorotipo C.
O sorotipo B não induz resposta imunológica protetora, não havendo ainda vacina disponível.
Dr. Filipe Velasques - Médico do PSF Perpétuo
fonte: Wikipedia
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