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terça-feira, 27 de abril de 2010

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, popularmente conhecida como Pressão Alta, foi nesta segunda-feira, dia 26/04/2010. A doença é silenciosa e quase não apresenta sintomas. Para chamar a atenção da população, as Equipes dos PSF do Perpétuo e do Rosário organizaram um passeio com alguns moradores até o Parque Nacional da Serra dos Órgãos com o objetivo de promover saúde e mostrar que a adoção de um estilo de vida mais saudável, com exercícios físicos e alimentação balanceada são os melhores “remédios” para nossa vida!

É importante prevenir! Por ser uma doença silenciosa, daqui a alguns anos, se não nos cuidarmos agora, podemos ter complicações. As pessoas não atentam para as condições de risco, como ter parente hipertenso, fumar, ou ingerir bebida alcoólica em excesso. A alimentação é outro ponto importante. Devemos dar preferência para frutas, legumes, verduras, carnes magras, e cereais integrais. Os alimentos industrializados apresentam quantidades de sal e gordura muito elevadas.

Epidemiologia

Os últimos estudos no Brasil mostram aproximadamente 30% de indivíduos hipertensos. As mortes por doença cardiovascular no Brasil chegam a 27,4% destes indivíduos. Cerca de 40% da mortalidade devida a Acidente Vascular Cerebral (AVC) é atribuida à hipertensão. Para o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) este risco está na faixa de 25%.

Fatores de Risco

São fatores de risco conhecidos para hipertensão:

  • Idade: Aumenta o risco com o aumento da idade.
  • Sexo: Até os 50 anos, mais homens que mulheres desenvolvem hipertensão. Após os 50 anos o risco se iguala.
  • Etnia: Mulheres afrodescendentes tem risco maior de hipertensão que mulheres caucasianas.
  • Nível sócio-econômico: Classes de menor nível sócio-econômico tem maior chance de desenvolver hipertensão.
  • Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal, maior o risco da doença.
  • Consumo de álcool: O consumo elevado está associado a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito controverso, não homogêneo para todas as pessoas.
  • Obesidade: A presença de obesidade aumenta o risco de hipertensão.
  • Sedentarismo: O baixo nível de atividade física aumenta o risco da doença.

Sintomas

A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente. Quando estes ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjôos, falta de ar e sangramentos nasais. Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu medicamento ou até mesmo questione a sua necessidade, o que leva a grande número de complicações.

Complicações

A hipertensão arterial é um dos fatores envolvidos em uma série de doenças. Entre outras, as doenças abaixo são provocadas, antecipadas ou agravadas pela hipertensão arterial.

  • Cardíaca -Angina de peito, Infarto Agudo do Miocárdio, Cardiopatia hipertensiva e Insuficiência cardíaca.
  • Cerebral - Acidente vascular cerebral, Demência vascular.
  • Renal -Nefropatia hipertensiva e Insuficiência renal.
  • Ocular - Retinopatia hipertensiva.
Causas

Na grande maioria dos casos a Hipertensão Arterial é considerada 'essencial', isto é, ela é uma doença por si mesma. Em 95% dos casos a causa da doença é desconhecida e, em 70% dos casos, é favorecida pela herança genética.

Tratamento

Embora não exista cura para a Hipertensão Arterial, é possível um controle eficaz, baseado tanto na reformulação de hábitos de vida, quanto em medicação, permitindo ao paciente uma melhor qualidade de vida. Certas medidas não relacionadas a medicamentos são úteis no manejo da Hipertensão Arterial, tais como:

§ Moderação do consumo de sal e álcool;

§ Aumento do consumo de alimentos ricos em potássio;

§ Prática regular de atividade física;

§ Praticar atividades que ajudem na redução do stress;

§ Manutenção do peso ideal (IMC entre 20 e 25);

§ Minimizar o uso de medicamentos que possam aumentar a pressão arterial, como anticoncepcionais orais e anti-inflamatórios.


texto: Dr. Filipe Velasques (Médico do PSF Perpétuo) e Wikipedia
fotos: Dr. Filipe Velasques

sábado, 10 de abril de 2010

Meningite

Na última 6ª feira pela manhã, ao chegar ao Posto, fomos surpreendidos por uma notícia ao mesmo tempo triste e alarmante. Duas crianças haviam falecido por meningite (ambas moradoras de áreas adscritas às equipes de nossa Unidade); sendo que uma das crianças era aluna de uma escola das proximidades.

Imediatamente as Equipes de PSF entraram em contato com a escola e, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (SMST), por meio da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), iniciamos os procedimentos de orientações aos pais e professores, além da profilaxia para os contactantes íntimos. As Enfermeiras Hezil (PSF Perpétuo), Flávia e Mirela (PSF Rosário) e a Residente de Enfermagem Daniele trabalharam o dia todo e foram fundamentais nesse processo!

Aos familiares e amigos das crianças que nos deixaram tão precocemente, nossos sinceros e solidários sentimentos.

A seguir, um breve resumo sobre Meningite.


O termo meningite corresponde ao processo inflamatório das meninges. Apesar da causa mais comum ser infecciosa (através de bactérias, vírus ou fungos), alguns agentes químicos e mesmo células tumorais podem provocar meningite.

A meningite bacteriana é uma doença grave, que deve ser tratada como emergência clínica. Pacientes que recebem o diagnóstico e o tratamento adequado tem bom prognóstico (cerca de 90% de chance de cura).

Meningite meningocócica

A meningite meningocócica é um dos tipos de meningite bacteriana que apresenta maior gravidade. O seu agente causal é a bactéria Neisseria meningitidis.

Sintomas

Inicialmente os sintomas resultam da infecção e a seguir do aumento na pressão intracraniana, podendo cursar com:

Manifestações Clínicas

O quadro clínico da meningite bacteriana varia um pouco de acordo com a faixa etária. Em recém-nascidos, os sinais e sintomas se apresentam a partir da baixa ou alta temperatura, letargia, recusa em amamentar ou pouca força ao sugar, moleira alta, irritabilidade, pele azulada (cianose) ou amarelada (icterícia), dificuldade para respirar e convulsões. Em bebês de um a vinte e quatro meses, as manifestações tornam-se um pouco mais específicas, notando-se febre alta, irritabilidade, latargia, vômitos, moleira alta e convulsões.

Complicações e sequelas

A meningite pode causar inúmeras complicações e sequelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças e de perda da audição. Por esse motivo o tratamento precisa ser rápido.


Diagnóstico

Para o diagnóstico é primordial a realização de exames de sangue e punção lombar para coleta de líquor (Liquido Cefalorraquidiano), sendo este de maior importância.


Tratamento

Para uma maior eficiência, o tratamento deve ser específico para o agente etiológico envolvido. No caso de meningites virais não há tratamento específico, mas essas tendem a ser infecções menos graves e auto-limitadas. Para as infecções bacterianas o tratamento deve ser o mais rápido possível, pois a doença pode levar a morte ou a seqüelas neurológicas graves em pouquíssimo tempo.

A eficiência do tratamento específico costuma ser muito boa, exceto em pacientes imunossuprimidos.

Vacinação

Existem dois tipos de vacinas contra o meningococo; nenhuma delas está disponível no SUS:

  • Vacinas polissacáridas, mais antigas, eficazes apenas a partir dos 2 anos de idade. Não cobrem a faixa etária de maior incidência da doença, não induzindo memória imunológica prolongada. São vacinas polivalentes contra os sorotipos A,C,Y e W135. A sua utilização é recomendada a viajantes para áreas hiperendémicas e em situação de surto.
  • Vacinas conjugadas, desde 2001, com eficácia a partir dos 2 meses de idade, induzindo memória imunológica prolongada e destinadas ao sorotipo C.

O sorotipo B não induz resposta imunológica protetora, não havendo ainda vacina disponível.


Dr. Filipe Velasques - Médico do PSF Perpétuo

fonte: Wikipedia

domingo, 4 de abril de 2010

Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família

No último dia 25/03/10 realizamos uma mini-ação de saúde bucal em uma família no Perpétuo. Estavam presentes a Dra. Monique Rocha, Dentista e Residente de Saúde da Família das UBSFs do Rosário e do Perpétuo; a Dra. Danielle Wermelinger, Enfermeira e Residente de Saúde da Família da UBSF do Rosário; eu, Dr. Filipe Velasques, Médico da UBSF do Perpétuo; Luiza Andrade, Interna de Medicina do UNIFESO; e Gabriela Cordeiro e Leandro Rocha, ACS da UBSF do Perpétuo.

Nesta mini-ação tivemos como objetivo a conscientização da família - principalmente das crianças - para a importância de cuidarmos de nossos dentes e de toda a boca. Sendo moradora de uma das áreas mais necessitadas de Teresópolis, esta família reflete bem o que acontece com boa parte da população brasileira que tem grande carência de informações, recursos e educação em saúde.

Cada vez mais faz-se necessária a presença definitiva de profissionais da Odontologia nas Equipes de Saúde da Família. E Teresópolis precisa estar na vanguarda deste movimento. Como profissionais capacitados e bem integrados à rotina das Equipes, os Odontólogos podem fazer muito mais do que simples procedimentos pontuais nas bocas teresopolitanas; podem verdadeiramente promover saúde. E nossa saúde começa pela boca!

Texto e fotos: Dr. Filipe Velasques - Médico do PSF Perpétuo (psfperpetuo@hotmail.com)